quarta-feira, 28 de outubro de 2009

A história de Tarantino


Bastardos Inglórios foi dirigido por Quentin Tarantino que se passa no bojo da Segunda Guerra mundial. A obra segue as características clássicas da obra de Tarantino com roteiros não-lineares, diálogos extensos e com seu uso peculiar da violência.

O filme não segue a dita “verdade histórica”, com episódios fictícios em meio alguns personagens reais e irreais, o diretor imprimir uma nova abordagem ao tema e até subverte em partes alguns acontecimentos, uma vez que no filme a maior parte da violência parte dos judeus para os nazistas. A própria foto que escolhi para exemplificar minha fala faz uma clara analogia, uma vez que corpos judeus eram amontoados, largados nos campos de concentração durante a segunda guerra, assim também o pôster mostra cadáveres nazistas e por cima deles os pisando está um judeu com uma frase ainda mais sugestiva. O estilo dos personagens de Bastardos Inglórios é outro ponto alto do filme, eles são construídos em cima de estereótipos como o próprio Hitler retratado como um histérico e neurótico, os americanos caipiras, francesas charmosas, alemãs burocráticos, extremamente caricatas e com destaque para o oficial nazista Hans Landa interpretado pelo ator Christoph Waltz que de fato atua magistralmente no filme.

Concluo ressaltando como a obra se desenvolve de forma surpreendente, a primeira cena apela a um aspecto dramático que em poucos momentos do filme foi associado, em seu desenrolar este explora mais seu lado cômico até pela forma como a violência é apresentada. Claramente o diretor não assumiu um compromisso em contar a história, mas sim em contar uma história, uma narrativa cinematográfica

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