quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Vingança à la Tarantino


Vingança. Essa é a essência da filme de Quentin Tarantino. Com uma bela pitada de humor a película o diretor norte-americano representa através da ficção o que muitos gostariam de ter sido verídico.
Sem quase nenhuma preocupação com os fatos históricos, Tarantino retrata um grupo de soldados judeus, americanos e alemães que são deixados na França, durante a Segunda Guerra Mundial com o intuito de matar nazistas. Esse cenário favorece o estilo violento e bastante criativo do diretor, que explorou ao máximo o que uma França ocupada por nazistas poderia oferecer. Resultado: uma vingança perfeita, realizada por um negro e por uma judia caracterizando um fim ideal da 2ª Guerra Mundial, possibilitando a redenção de um povo que sofreu sobre os que causaram seu sofrimento. Caricaturas são o ponto alto do filme. É divertida a maneira como Tarantino conscientemente reduz personagens aos seus estereótipos conhecidos (o americano caipira e bruto, a francesa blasé, o inglês super educado, os nazistas engomadinhos...) para economizar tempo em explicações e construção de personagens. O único com quem ele realmente se preocupa é Hans Landa (Christoph Waltz). Adorar o nazista e trabalha-lo detalhadamente é algo curioso que o filme oferece.
Além disso, o realismo das cenas de violência é algo que chama atenção: explosões, tiros, facadas, escalpelamentos...e muito sangue, tudo isso são marcas de Quentin Tarantino, que fez do filme entrar para o hall dos melhores filmes de ficção, já que envolve diversos gêneros em seu roteiro: da ação a comédia, do drama ao horror; afinal, quem não gostaria de ver Adolf Hitler tomando vários tiros na cara? Sem dúvida é um excelente atrativo... Refletido em um faturamento de U$$ 37 milhões somente na 1ª semana no EUA.
João Henrique F. Leite

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